quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu estava um pouco longe e não conseguia me ouvir direito, mas lembro que gesticulava com as mãos, contando alguma passagem de um filme que vi, e ela sorria várias vezes, além de ter parado com a mão esquerda na minha perna, enquanto a mão direita segurava o copo de caipifruta. Depois disso fui direto ao ponto, ela disse não, e eu continuei insistindo...

Ela falou o nome do ex-namorado, mostrando preocupação com a possibilidade dele saber alguma coisa, e pensando em como ele ia encarar o que estava acontecendo.

De uma forma educada, falei pra ela esquecer isso, carpe diem, blá blá blá, usando essas teóricas bobas de mesa de bar, com determinadas palavras que tive a impressão serem as certas... Quando o 4,2% de teor alcoólico da bebida começou a ter alguma importância prática, ela concordou com o que eu disse, e aproveitou o momento. Mas foi visível para todos os nossos amigos da mesa, que mesmo fazendo o típico casal que daria certo, ela não tava tanto afim assim quanto eu.

Sinceramente, não lembro direito se foi assim que aconteceu, nem o que eu tava falando. Provavelmente eu não estava quieto! Sempre fui de falar muito, ainda mais em companhias agradáveis. Ela também aparentava ter o mesmo tipo de desenvolvimento, e isso acabou meio que me seduzindo.

Depois de alguns beijos, ela pediu a conta, pagou, se despediu, foi embora e a gente até hoje nunca mais se viu.